Por vezes pergunto-me a mim mesma, porque razão eu gosto de escrever para crianças?
Vêm-me à cabeça uma serie de imagens: As crianças são lindas, genuínas, puras, curiosas, deixam-se encantar e acreditam nos sonhos.
Mas devo dizer que ao ler as palavras de Isaac Bashevis, Prémio Nobel da Literatura em 1978, senti uma enorme comunhão:
Primeiro- As crianças lêem os livros, não as críticas. Não dão a menor importância aos críticos.
Terceiro– as crianças não lêem para se descartar e sentimentos de culpa, nem para saciarem a sua sede de rebelião, nem para se livrarem da alienação.
Sétimo– Acreditam em deus, na família, nos anjos, nas bruxas, nos duendes, na lógica e na clareza (…)
Oitavo– Adoram histórias interessantes e não os comentários, guias ou notas de rodapé.
Nono– Quando um livro é chato, elas bocejam abertamente, sem sem qualquer medo ou vergonha.
Décimo– Não esperam que o seu escritor querido vá salvar a Humanidade. Embora jovens, elas sabem que isso não está ao alcance do autor. Só os adultos têm dessas ilusões infantis.”
E está tudo dito…